
2018-2019

Carlos Othon Bastos
Cargos ocupados na SAESP.
Presidente - 2018 - 2020
Vice-Presidente - 2016 - 2017
Diretor Científico - 2014 - 2015
Vice-Diretor Científico - 2012 - 2013
Membro da Comissão Científica - 2010 - 2011
Membro da Comissão Científica - 2008 - 2009
Membro da Comissão Científica - 2006 - 2007
Membro da Comissão Científica - 1998 - 1999
Membro da Comissão Científica - 1996 - 1997

2016-2017

Marcelo Luis Abramides Torresi
Doutorado em Medicina Anestesiologia pela Universidade de São Paulo, -USP.
Título: SISTEMAS RESPIRATÓRIOS VALVULARES COM ABSORVEDOR DE CO2: CAPACIDADE DE AQUECIMENTO E UMIDIFICAÇÃO DOS GASES INALADOS EM TRÊS TIPOS DE MONTAGENS UTILIZADAS EM APARELHOS DE ANESTESIA NO BRASIL.
TSA – Título Superior em Anestesiologia – Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
Orientador: Eugesse Cremonesi
Especialização - Residência médica Hospital das Clínicas
SBA – Sociedade Brasileira de Anestesioloigia – Participação na Comissão de Normas Técnicas e no Comitê de Anestesia Obstétrica.
SAESP – (certificado transcrito pela atual gestão).
“ A Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo - SAESP confere ao Dr. Marcelo Luis Abramides Torres – CRM 41697, Honra ao Mérito, em reconhecimento à proficiente e inovadora gestão, como secretário durante o biênio 2012-2013, Vice-Presidente durante o biênio 2014 – 2015 e Presidente no biênio 2016-2017.
As veementes atuações e o olhar visionário durante as gestões do Dr. Marcelo, resultaram em um crescimento significativo para esta Sociedade. Parecerias com Sociedades Internacionais, viabilização do Curso EAD Anestesiologia SAESP para médicos em Especialização de ensino à distância e dentre vários projetos idealizados, destaca-se: a construção do auditório (2014) e do Centro de Simulação (2017) o que permitiu a ampliação no portfólio de cursos oferecidos aos Anestesiologistas de todo o Brasil”.

2014-2015

Enis Donizetti Silva
Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP.
Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP), São Paulo, SP.
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), Rio de Janeiro, RJ.
Yale University, School of Medicine, New Haven, Estados Unidos.
Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo - Euryclides de Jesus Zerbini, São Paulo, SP.
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP.
Hospital Moriah, São Paulo, SP.
University of Chicago, Northwestern School of Medicine, Chicago, Estados Unidos
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (INCOR/HCFMUSP), São Paulo, SP.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), São Paulo, SP.
Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE), São Paulo, SP.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), São José do Rio Preto, SP.
Hospital de Base de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP.
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Disciplina de Emergências Clínicas, São Paulo, SP.
Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Unidade de Terapia Intensiva, São Paulo, SP.
A. C. Camargo Cancer Center, São Paulo, SP.
University Hospital Carl Gustav Carus, Dresden, Alemanha.
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, São Paulo, SP.
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP.
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Departamento de Anestesiologia, São Paulo, SP.
Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), São Paulo, SP.
Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE.
Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS), Faculdade de Medicina, Fortaleza, CE.

2012-2013

2010-2011

Desiré Carlos Callegari
Graduou-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Pouso Alegre, em 1977, fez Residência em Anestesiologia no Centro de Ensino e Treinamento da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e possui Título de Especialista em Anestesiologia pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia.
É Professor Assistente de Anestesiologia da Faculdade de Medicina do ABC, chefe do Serviço de Anestesiologia do Hospital Municipal Universitário de São Bernardo do Campo e trabalha no Hospital Municipal Universitário de São Bernardo do Campo e no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André.
Na SAESP, foi vice-diretor de Defesa Profissional no biênio 2002/2003 e Secretário Regional em Santo André nos biênios 1986/1987 e 2000/2001.

2008-2009

Glória Maria Braga Potério
Professora Livre Docente do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (UNICAMP)
Corresponsável pelo Centro de Ensino e Treinamento em Anestesiologia do Departamento de Anestesiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (UNICAMP).

2006 - 2007

Celso Schmalfuss Nogueira
Natural de Sapiranga, Rio Grande do Sul, dr. Celso Schmalfuss Nogueira é formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Católica de Pelotas, fez especialização em Anestesiologia no CET da Santa Casa de Santos, tem Título Superior em Anestesiologia (SBA), pós-graduação lato sensu em Farmacologia pela Universidade Católica de Santos e é, ainda, especialista em Medicina Legal.
Foi Diretor de Eventos da SAESP, na gestão 2004/2005, é professor titular de Anestesiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Metropolitana de Santos – UNIMES; presidente do Centro de Estudos da Santa Casa de Santos; Delegado Adjunto do Conselho Regional de Medicina de Santos; trabalha na Santa Casa de Santos; na Clínica Med Center Unidade Cirúrgica, em Santos, e no Hospital Luiz Camargo da Fonseca, em Cubatão.

2004-2005

Irimar de Paula Posso
Graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP); realizou especialização em Anestesiologia no CET do Hospital das Clínicas da FMUSP; possui Título de Especialista em Anestesiologia e Título Superior em Anestesiologia, ambos pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia; é livre-docente em Medicina, professor adjunto e professor associado de Medicina na FMUSP; além de professor titular da Universidade de Taubaté e instrutor co-responsável do CET do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Presidiu o 55º Congresso Brasileiro de Anestesiologia realizado em 2008.
Como Presidente da SAESP no biênio 2004-2005, Dr. Irimar lutou obstinadamente pela melhoria das condições de trabalho e da remuneração dos médicos anestesiologistas. No campo da defesa profissional, Dr. Irimar escreveu um capítulo muito importante na história atual da anestesiologia. Em 17 de maio de 2004, foi oficialmente constituída a Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de São Paulo (Coopanest-SP) .
Questões científicas e de reconhecimento à importância da função do anestesiologista também destacam-se entre as principais marcas de sua gestão.
Apoiando irrestritamente a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos na saúde suplementar, o fim da abertura indiscriminada de escolas de Medicina e a regulamentação formal da atividade do profissional médico, Dr. Irimar ainda teve tempo de idealizar e colocar em prática a primeira edição do Congresso Paulista de Anestesiologia, que hoje é uma realidade e chega a sua quinta edição em 2008.
A SAESP, sob seu comando, promoveu o 1º COPA, em 2004, simultaneamente à 38ª Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro, que reuniu quase mil profissionais. Também organizou Encontros Regionais de Anestesiologia em vários pontos do Estado; o 30º Curso Preparatório para o Título Superior em Anestesiologia; o 2º COPA; a 39ª JOPA, entre outros. Antes de passar o posto adiante, organizou, em parceria com a atual diretoria, a 3ª edição do COPA, de 2006.

2002-2003

David Ferez
Nascido em 6 de janeiro de 1959 em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, o dr. David Ferez graduou-se na Escola Paulista de Medicina (EPM) em 1982 e concluiu especialização em Anestesiologia na Disciplina de Anestesiologia, Dor e Terapia Intensiva da mesma Universidade, no ano de 1984. Após o término, fez especialização em Terapia Intensiva. Seu interesse pela especialidade surgiu quando ainda estava cursando o 6º ano da faculdade. “Durante a graduação, sempre quis fazer uma especialidade ligada à Cirurgia, mas que também tivesse relação íntima com a Clínica Médica. Escolhi a Anestesia, pois apresenta interface entre as duas áreas”, comenta.
Dr. Ferez recebeu o Título Superior em Anestesiologia (TSA) no ano de 1986 durante o Congresso Brasileiro de Anestesiologia do Rio de Janeiro e, no mesmo ano, tirou o Título de Terapia Intensiva em Curitiba, no Congresso Brasileiro de Terapia Intensiva. Registra, com orgulho, que sua vida profissional sempre esteve vinculada à EPM, onde, inclusive, fez doutorado e, em 1988, tornou-se membro do corpo docente. Atualmente é professor adjunto da Disciplina de Anestesia, Dor e Terapia Intensiva.
Também é presidente do Semesp (Serviços Médicos São Paulo) e coordenador da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Santa Rita. Na época em que presidiu a SAESP, entre 2002 e 2003, passou por fases difíceis. Porém, conta que, com o apoio da diretoria, conseguiu reestruturar a SAESP. “Apesar de ter sido um período societário complicado, conseguimos vencer as dificuldades”.
Dr. David enfatiza que sempre contou com apoio total de vários colegas que fizeram parte de sua diretoria, como o dr. Irimar de Paula Posso, atual presidente da SAESP, dra. Judymara Lauzi Gozzani, dr. Celso Schmalfuss Nogueira, presidente da SAESP eleito para o biênio 2006-2007, dr. Luiz Antonio Vane, dr. João Eduardo Charles, dr. Desiré Carlos Callegari, dr. Adilson Hamaji, dr Eduardo Tadeu Moraes dos Santos, “entre outros não menos importantes”, frisa.
Além da presidência, ocupou o cargo de diretor científico da entidade entre 1996 e 1997.
Em sua carreira passou por muitos momentos marcantes, mas cita, com entusiasmo, dois que considera fundamentais. O primeiro deles “compensou a vida associativa”, quando foi eleito presidente da SAESP. De acordo com ele, as eleições estavam acirradas e felizmente obteve um retorno positivo. Outro período que considera de grande relevância diz respeito à sua indicação, pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), ao Conselho Nacional de Reanimação. Também fala da família com felicidade. Dr. David é casado com Maria Sofia de Medeiros Ferez e tem dois filhos: Mariana, de 15 anos, e David, de 12. Como hobby, nos momentos livres, gosta de aprender informática.

2000-2001

José Otávio Costa Auler Jr.
Nome importante da Anestesiologia de São Paulo e do Brasil, dr. José Otávio Costa Auler Jr. se formou em 1972, na Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Em 1974 concluiu a residência em Anestesiologia, no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, se especializando também na área de Terapia Intensiva. Concluiu o doutorado em 1986 pela Universidade de São Paulo. É livre docente do Departamento de Cirurgia Clínica e Anestesiologia da FMUSP desde 1990. A partir de 1997, passou a ser professor titular.
Na SAESP, exerceu cargos de secretário e tesoureiro, até chegar a presidente, no biênio de 2000/01. Foi presidente também da Sociedade Paulista de Terapia Intensiva. Participou da comissão de avaliação do Título Superior em Anestesiologia da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (TSA - SBA). Além disso, faz parte do conselho editorial da Revista Brasileira de Anestesiologia, cujo mandato vai até 2006.
O dr. José Otávio participou de muitos congressos, conferências e simpósios, sempre apresentando trabalhos importantes. Recebeu três prêmios da SBA e o prêmio Gil Soares Bairão, em 2002, pela SAESP. Tem cerca de 160 artigos publicados em periódicos e mais de 50 capítulos publicados em livros. Ao longo da carreira, também escreveu quatro livros: "Pós-operatório de cirurgia torácica e cardiovascular", "Manual Teórico de Anestesiologia para o Aluno de Graduação", "Anestesia para cirurgia torácica", e um livro de técnicas da Anestesiologia para a SAESP.
Nascido em Jaú, interior de São Paulo, dr. José Otávio é casado e tem três filhas. Atualmente, aos 55 anos, coordena as atividades de assistência, ensino e pesquisa em anestesiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Hospital das Clínicas e institutos associados. É professor titular da disciplina de Anestesiologia e responsável pelo Centro de Ensino e Treinamento da FMUSP. Desde 1997, é médico assistente do Hospital das Clínicas, diretor do Serviço de Anestesia e do Centro de Recuperação Cardíaca do Incor.

1998-1999

Dr. Américo Massafuni Yamashita
Local de trabalho: Unifesp - Universidade Federal de São Paulo/ EPM
Graduação: Escola Paulista de Medicina, 1980
Residência: Escola Paulista de Medicina, 1982
Titulo Superior em Anestesiologia, 1985
Mestrado: Escola Paulista de Medicina ,1993
Cargos que exerce: Unifesp - Responsável pelo Setor de Anestesia Obstétrica, Hospital Nipo Brasileiro - Responsável pelo Serviço de Anestesia e Instrutor Co-Responsável CET
Cargos que já exerceu: Responsável pelo Serviço de Anestesia do Amparo Maternal e Diretor Clínico do Hospital NipoBrasileiro
Na SAESP
Segundo Secretário 1992 a 1993, Primeiro Secretário 1994 a 1995, Vice Presidente 1996 a 1997 e Presidente 1998 a 1999
Participação da CDC em 2000, 2001, 2002 e 2003 e da Comissão para Reforma do Estatuto em 2000
Representante em Assembléia de Representantes (AR) em 1990, 1992, 1993, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002 e 2003.
Participação em Comissões: CET 2002, 2003 e 2004
Participação do Comitê de Anestesia em Obstetrícia em 1994, 1995, 1996, 1997,1998.
Eventos
Congressos Brasileiros: 1982, 1984, 1985, 1986, 1988. 1989, 1990, 1992, 1993, 1994,1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2001 e 2003
JOPA:1985, 1991, 1992, 1993, 1994 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002 e 2003
JASB:1997, 1998, 1999, 2000,2001 e 2002

1996-1997

Pedro Thadeu Galvão Vianna
Exemplo vivo de dedicação ao estudo e à aplicação da Anestesiologia no Brasil, Dr. Pedro Galvão Vianna presidiu a SBA na gestão de 2004.
Graduado pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, em 1966, mudou-se no ano seguinte para São Paulo, onde concluiu a residência médica em Anestesiologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo. Em 1968, foi para Botucatu, no interior do Estado, onde reside e trabalha até hoje.
Na Faculdade de Medicina de Botucatu, Dr. Pedro concluiu o doutorado em 1970 e a livre docência em 1976. Em 1977 ajudou a criar a disciplina de Anestesiologia na Faculdade e no ano seguinte colaborou com a fundação do Departamento de Anestesiologia da instituição. Tornou-se professor adjunto em 1978, e professor titular em 1981. Neste mesmo ano, foi indicado para ser vice-diretor da Faculdade. Dedicando-se principalmente à vida acadêmica, sempre trabalhou dentro da Faculdade, seja no Hospital mantido por ela, ou empenhando-se em aulas e pesquisas.
Em 1991, na Inglaterra, realizou pesquisas como bolsista do CNPq e concluiu seu pós-doutorado na Universidade de Bristol.
Atualmente, além de desenvolver pesquisas como bolsista do CNPq, estudando a anestesia da função renal, técnicas de anestesia intravenosa e neurotoxicidade das anestesias locais, também é membro da American Society of Anesthesiology (ASA) e vem orientando teses de mestrado e doutorado.
Dr. Pedro Thadeu Galvão Vianna integrou a comissão do Título Superior em Anestesiologia - SBA e o Centro de Ensino e Treinamento (CET - SBA), entre 1987 e 1991. Ao longo da carreira, recebeu diversos prêmios de instituições como a SAESP, a SBA e a LASRA (Latin American Society of Regional Anesthesia). Tem quase cem trabalhos publicados em anais de eventos, mais de 50 publicados em periódicos, 26 capítulos de livros escritos em colaboração, entre outras produções.

1994-1995

Maria Angela Tardelli
Professora dedicada e grande colaboradora para o desenvolvimento da Anestesiologia em São Paulo, Maria Angela Tardelli iniciou sua carreira na Medicina em 1975, ao se formar pela UNIFESP - Escola Paulista de Medicina. Concluiu a residência em Anestesiologia em 1976 e, logo em 1977, foi contratada como professora auxiliar de ensino na mesma EPM. Sempre atuou no Hospital São Paulo e na Escola Paulista de Medicina, alternando atividades acadêmicas e vivências no hospital. Atualmente, ocupa o cargo de professora adjunta. Já publicou, ao longo da carreira, muitos livros, capítulos e trabalhos acadêmicos, participando, inclusive, do livro "Anestesiologia", editado pela própria Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP) no início de 1996.
Presidiu a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP) por dois anos, 1994/95, sendo a primeira mulher a comandar a entidade. Antes, integrou a Comissão Científica da SAESP, em 1984/85, fez parte da Comissão de Defesa de Classe, e foi vice-presidente no biênio 1992/93. Desde 1978, freqüenta assiduamente congressos e atividades propostas pelas sociedades de Anestesiologia.
Dra. Maria Angela Tardelli ocupou cargos importantes também na Sociedade Brasileira de Anestesiologia, como o de diretora do Departamento Administrativo, em 1996/97, e na Comissão de Ensino e Treinamento, por cerca de três anos. Idealizou e desenvolveu o Curso de Ensino à Distância, uma oportunidade para os médicos se atualizarem por meio do site da SBA. É membro honorário da Sociedade de Anestesiologia do Estado de Pernambuco, título que recebeu, com muito orgulho, em 2002.
Paulistana, nasceu em 1949. Casada e mãe de dois filhos, um administrador de empresas e um engenheiro, continua na luta para o desenvolvimento da especialidade, agindo como exemplo para a classe dos médicos anestesiologistas.

1992-1993

Luiz Antonio Vane
Considerado um dos grandes expoentes da Anestesiologia do Interior de São Paulo e do Brasil, dr. Luiz Antonio Vane é graduado pela Faculdade de Medicina de Botucatu - 1976. Concluiu a residência médica em Anestesiologia no ano seguinte e, de 1978 a 1980, cursou pós-graduação nas faculdades de medicina de Ribeirão Preto (USP) e Botucatu (UNESP). Terminou o mestrado em 1979, e o doutorado em 1980. Fez concurso para livre-docente, em 1987, tornando-se professor adjunto em Botucatu, onde mais tarde virou professor titular.
Toda sua trajetória médica foi dedicada exclusivamente à UNESP - Botucatu, trabalhando como docente e na área de pesquisa. Foi vice-diretor da instituição entre 1989 e 1993, e diretor de 1993 a 1997. Em 1998, dr. Luiz Antonio Vane assumiu a presidência do campus da UNESP na cidade, e assessor da pós-reitoria. Atualmente, é chefe de gabinete do reitor da universidade, José Carlos Souza Trindade.
Entre 1998 e 2000, fez pós-doutoramento no Estados Unidos, na Universidade do Texas. Publicou quase 70 trabalhos acadêmicos, cerca de 12 capítulos de livros, e foi editor de três livros de Anestesiologia. Recebeu mais de dez prêmios de diversas instituições, inclusive da SAESP (Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo), APM (Associação Paulista de Medicina), e o prêmio "Alvarenga" da Academia Nacional de Medicina, um dos mais importantes prêmios da área médica brasileira, com um trabalho sobre efeitos do sistema Venturi na despoluição de sala cirúrgica.
Dr. Vane também foi presidente da SAESP no biênio 1991/92 e integrou a diretoria administrativa da SBA (Sociedade Brasileira de Anestesiologia) em duas gestões, em 1993 e 1994. Participou ainda da científica da SBA em 2003 e 2004. Na SBA, aliás, pertenceu à comissão do Centro de Ensino e Treinamento, e atualmente é membro do conselho editorial da Revista Brasileira de Anestesiologia. Seu currículo registra uma participação ativa em quase todos os congressos realizados no Brasil, e em muitos outros no exterior.
Nascido em 1950 na cidade de Marília, interior de São Paulo, dr. Vane é casado e pai de dois filhos. Exemplo de dedicação à Medicina, pretende continuar trabalhando para seu estudo, aplicação e desenvolvimento.

1990-1991

Raimundo Rebuglio
“Todo dia é marcante na vida de um anestesiologista. Servir ao semelhante, aliviar a dor, proporcionar melhores condições para a realização do ato cirúrgico, é muito gratificante”. Estas são palavras do dr. Raimundo Rebuglio, anestesiologista, nascido em 15 de outubro de 1949, na cidade de Araraquara, interior de São Paulo.
Dr. Raimundo formou-se na Faculdade de Medicina de Valença, no Rio de Janeiro, em 1975. No ano seguinte, iniciou o primeiro ano de residência em cirurgia cardíaca no hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo. Porém, desde o quarto ano do curso de Medicina passou a se interessar pela Anestesiologia, quando estagiava no Centro Cirúrgico da Santa Casa da instituição. Em 1977, decidiu fazer estágio em Anestesiologia no Centro de Ensino e Treinamento do Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo, no grupo de anestesiologia da SEMESP (Serviços Médicos São Paulo) cujo responsável era o dr. Zalli Cundari.
Hoje em dia, é co-responsável pelo Centro de Ensino e Treinamento do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo e também faz parte do grupo do SEMESP que exerce atividade nos hospitais Santa Rita, Beneficência Portuguesa, Sabará e São Camilo - Ipiranga. No SEMESP foi presidente do grupo de anestesiologia nos anos de 1992, 1993,1994 e 1995. No 360 Congresso Brasileiro de Anestesiologia, realizado na cidade de São Paulo em 1989, tirou o Título Superior em Anestesiologia (TSA).
Na SAESP, iniciou na vida associativa como segundo secretário em 1982, durante a diretoria do dr. Guilherme Frederico Ferreira dos Reis. Também participou das diretorias dos doutores Roberto Simão Mathias e José Roberto Nocite.
Como presidente da SAESP, nos anos de 1990 e 1991, apesar das dificuldades financeiras causadas pela era Collor, sua diretoria não deixou de realizar todos os eventos estabelecidos no calendário científico da SAESP. Sua gestão foi pautada na divulgação da especialidade, da ética e defesa profissional, na remuneração e condições de trabalho, exigindo dos hospitais mais segurança para os anestesiologistas e seus pacientes, como monitorização adequada e ventiladores, terminando assim com a famigerada maleta do anestesiologista. Iniciou o projeto de hipertermia maligna com o grande auxílio do dr. José Luiz Gomes do Amaral, a fim de que a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo disponibilizasse o medicamento dantrolene sódico, utilizado no tratamento da doença. Durante vários anos como indicado da SAESP, participou da Câmara Técnica de Anestesiologia do CREMESP, onde segue até hoje como membro.
Sua diretoria foi composta pelo “saudoso grande mestre e amigo”, dr. Leão João Pousa Machado, dra. Judymara Lauzi Gozzani, dr. João Adolpho Castilho, dr. Milton Reitzfeld, dra. Nanci Val y Val Peres da Mota e pelo dr. José Lorber Rolnik. Compartilhando com a idéia e trabalho incessante da diretora científica da época, a dra. Judymara, foi co-editor do 1º livro de atualização em Anestesia editado pela SAESP, “SAESP – TSA: Curso de Atualização e Reciclagem“, que até hoje é utilizado por profissionais e residentes da especialidade, como base de consulta.
Na década de 1990 teve papel ativo na Sociedade Brasileira de Anestesiologia, onde ocupou os cargos de diretor do Departamento de Defesa Profissional nos anos de 95, 96 e 97, foi vice-presidente em 1998 e presidente em 1999.
Dr. Raimundo, durante todos os anos de dedicação à vida associativa sempre contou com o apoio de sua família e dos colegas do grupo do SEMESP. De seus quatro filhos, frutos do casamento com Cidalia de Melo Rebuglio, que perdura desde 1977, Gustavo e Rodolfo, escolheram a anestesiologia como profissão. Sua especialização está sendo realizada no CET/SBA do Hospital da Beneficência, hoje sob a responsabilidade do dr. Sergio Stanícia. Já as filhas Isabela e Maria Helena estudam fisioterapia e administração, respectivamente. Nas horas de lazer, dr. Raimundo gosta de esportes, porém salienta que há muito não tem praticado. Como hobby, anda de moto quando está na praia.
Sobre a profissão resume que ser anestesiologista: É amar a vida. É proporcionar ao seu semelhante; dedicação, segurança, alívio da dor do corpo e da alma. É estar sempre presente quando solicitado. É proporcionar aos colegas condições ideais para o exercício de suas especialidades. É resignar os louros da vitória e absorver as adversidades da derrota. É servir o homem e a Deus. É ser feliz.

1988-1989

Paulo Mozart Passos Pereira
Dr. Paulo Mozart Passos Pereira certamente deu sua melhor contribuição à Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo. Nascido em 18 de março de 1936, na capital paulista, estudou durante o curso secundário no Colégio São Bento e formou-se na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em 1962, na primeira turma do curso de Medicina da faculdade.
Em sua época, ainda não existia o que se conhece hoje por residência, contudo, ele estagiou na Santa Casa de Curitiba e na Santa Casa de Santos, entre os anos de 1962 e 1963. Tirou o Título Superior em Anestesiologia (TSA) na capital do País, em 1968.
Antes de mudar-se para Campinas, morou em Anápolis, Goiás, onde foi anestesiologista de cinco dos seis hospitais da cidade. Trabalhou durante 38 anos no Hospital Irmãos Penteado e por mais de três décadas foi responsável pelo Centro de Ensino e Treinamento (CET) da Santa Casa de Campinas. Foi também catedrático da disciplina de Anestesia na Unicamp, de 1967 a 1973. Idealizou, projetou e construiu o Centro Médico de Sousas, onde aplica anestesia até hoje.
Na Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) já ocupou o cargo de diretor científico por dois anos, foi membro da comissão de honorários médicos por dois mandatos, presidente em 1994 e, no ano seguinte, membro do Conselho Superior.
Quando fala de seu tempo à frente da SAESP e da SBA, diz sentir saudades. Dos antigos colegas de profissão, lembra-se carinhosamente dos drs. José Roberto Nociti, também ex-presidente da SAESP, Valter Machado e José Carlos Maia, ambos do Rio de Janeiro.
Além dos trabalhos de divulgação da especialidade, dr. Paulo foi o responsável por inovações bancárias da SAESP. Em tempos de crise econômica, resolveu modificar as formas de aplicação, passando de dinheiro para ouro. Conta que não foi um período fácil, porém acredita que estava tendo a melhor atitude. E com toda a razão: afinal, quando as contas correntes e poupanças foram bloqueadas no governo Collor, a Sociedade não foi atingida.
Casado com Berenice, o especialista tem três filhas: a odonto-pediatra, Solange, a pedagoga Sandra Regina e a também anestesista Theresa Christina. Além de exímio anestesiologista, dr. Paulo é um cozinheiro de mão cheia. Como um de seus hobbies, prepara o jantar todas as noites. Nos fins de semana gosta de passear a cavalo.

1986-1987

José Roberto Nociti
O doutor José Roberto Nociti foi um dos nomes que mais colaboraram com a consolidação da Anestesiologia no interior de São Paulo e em todo o Brasil. Nascido em Bebedouro (SP), se formou pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo em 1964, e fez a residência em Anestesiologia no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, sob chefia do prof. Rubens Nicoletti. Em 1966, ingressou no Serviço de Anestesia da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto, onde trabalha até hoje.
Em 1969, o serviço foi credenciado como Centro de Ensino e Treinamento pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (CET - SBA), e desde esta ocasião está sob sua responsabilidade. Doutor Nociti também foi professor assistente do Departamento de Fisiologia da Faculdade de Medicina de Catanduva, interior de São Paulo, entre os anos de 1975 e 1984.
Dentre as várias viagens de estudo que fez ao exterior, esteve em Edimburgo, Escócia, em 1981, e em Bristol, Inglaterra, em 1984 e 1990. Participa, desde 1980 de praticamente todos os congressos europeus, norte-americanos, e outros realizados em todo o mundo, atuando muitas vezes como conferencista. No Congresso de Paris, em abril de 2004, foi convidado para apresentar duas conferências.
Foi presidente da SAESP durante o biênio de 1986/87. Nos mesmos anos ocupou o cargo de diretor do Departamento Científico da SBA. Em 1989 foi vice-presidente da SBA, e em 1990, presidente. Já foi também presidente do Conselho Superior da SBA em 1991. Atualmente é membro do Conselho Editorial da Revista Brasileira de Anestesiologia.
Doutor Nociti tem, ao todo, 294 trabalhos científicos publicados em revistas de Anestesiologia, sendo 32 deles em revistas do exterior. Publicou diversos capítulos em livros, inclusive em dois livros norte-americanos de Anestesiologia. É autor do livro "Anestsiologia: revisão e atualização de conhecimentos", lançado em 1995.
Além de tudo isso, é membro da ASA (American Society of Anesthesiology), ESA (European Society of Anesthesiology), ASRA (American Society over Regional Anesthesiology), e da CLASA (Confederacion Latino-Americana de Sociedades de Anestesiologia). É ainda representante da América Latina no Comitê Executivo da World Federation of Societies of Anesthesiologists (WFFA).
Aos 65 anos, casado e pai de dois filhos, doutor Nociti segue trabalhando na Anestesiologia, especialidade para a qual dedicou tantos anos de sua profissão e onde se firmou como um grande exemplo profissional e um ser.

1984-1985

Roberto Simão Mathias
Nascido em 1945, dr. Roberto Simão Mathias concluiu a graduação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1970, cursando a residência em 1971 e 1972.
Não muito mais tarde, assumiu a cadeira de professor da Faculdade de Medicina da USP, instituição onde completou os cursos de mestrado, doutorado e livre docência. No Hospital das Clínicas de São Paulo, trabalhou como médico assistente e foi supervisor de anestesia obstétrica até 1997. Atuou também como professor titular da cadeira de anestesia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.
Além de presidente da SAESP, dr. Mathias fez parte da Comissão de Novas Técnicas da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) durante nove anos, e da Secretaria da Associação Paulista de Medicina.
Por quase 30 anos, foi o chefe do Serviço de Anestesia do Hospital Pró-Matre Paulista. Em 1999, passou a trabalhar na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, como professor adjunto da disciplina de anestesia. Durante sua carreira, teve muitos trabalhos acadêmicos publicados. Ainda viajou por todo o Brasil ministrando aulas e conferências, ensinando a muitos profissionais os conceitos e técnicas da Anestesiologia.
Dr. Mathias foi casado com a anestesiologista dra. Lígia Andrade Telles da Silva Mathias. Corintiano fanático, faleceu em 26 de junho de 2000, deixando saudades à esposa, aos dois filhos, e a todos os amigos da comunidade médica. Deixou também um memorável legado de conhecimentos para a especialidade.

1982-1983

Guilherme Frederico Ferreira dos Reis
Nascido em Ibirá-SP, dr. Guilherme Frederico Ferreira dos Reis formou-se em 1965 pela Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro. Depois de graduado, foi trabalhar em Campinas, na Casa de Saúde Campinas, local onde está até hoje. No biênio 1980/81 foi vice-presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado De São Paulo, a SAESP, na gestão do Dr. Hernani Schvartz. Nos dois anos seguintes, 82 e 83, assumiu a presidência da entidade. Participou de várias jornadas, rodadas e congressos promovidos pela SAESP e pela SBA, inclusive como membro da Comissão Executiva do Congresso Brasileiro de Anestesiologia, realizado em São Paulo, em 1989.
Por dois anos, 84 e 85, foi diretor do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Em 1986 esteve no cargo de vice-presidente da mesma entidade, e em 87 presidiu a SBA. Em 1988 integrou, como presidente, o Conselho Superior da SBA. Em 1989 e 1990 foi presidente da Federação das Associações Sul-americanas de Anestesiologia, a FASA. Também foi membro do comitê executivo da Confederação Latino-Americana de Sociedades de Anestesiologia, CLASA.
É portador do Título Superior em Anestesiologia. Na área acadêmica, foi professor assistente do Departamento de Anestesiologia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e é o responsável pelo Centro de Ensino e Treinamento da Casa de Saúde Campinas, desde 1984. Em 2001 recebeu o título de Cidadão Campineiro, outorgado pela Câmara Municipal de Campinas.
Em 1993, 94 e 95, compôs a comissão do Centro de Ensino e Treinamento da SBA, sendo seu Presidente em 1995. Por dois anos presidiu o Comitê de Obstetrícia da Confederação Latino Americana de Anestesiologia. É Membro Honorário das Sociedades de Anestesiologia dos Estados do Ceará, do Pará, da Paraíba e do Maranhão.
Prestes a completar 65 anos, em 13 de abril de 2004, Dr. Guilherme Reis é casado, tem dois filhos e três netos. Com 40 anos de profissão, pretende apenas se aposentar em breve e usufruir de um merecido descanso.

1980-1981

Hernani Schwartz
Bom-humor, simpatia, alegria, comunicatividade e companheirismo são algumas das características essenciais de um dos grandes anestesiologistas da história do País: o dr. Hernani Schvartz. “Naninho”, como era carinhosamente chamado por alguns colegas, nasceu em 22 de maio de 1942 em São Paulo, capital.
Formou-se em 1968 na Escola Paulista de Medicina (EPM) e iniciou a residência em Anestesiologia no Hospital São Paulo, no ano seguinte. “Seu entusiasmo com a área foi impulsionado por um tio que foi anestesista”, lembra Regina Dascal Schvartz, viúva do dr. Hernani.
Entre 1972 e 1973 recebeu o Título de Especialista e, no ano seguinte, teve a iniciativa de convidar vários colegas para integrar uma equipe de anestesiologistas autônomos, que passaram a atender o chamado de aproximadamente 30 médicos cirurgiões da cidade. Na época, o grupo atendia principalmente nos hospitais Matarazzo, Albert Einstein, maternidade Promater, entre outros. A equipe funciona até hoje.
O dr. Riosuque Hatanaka, colega de equipe até 1983, enfatiza que o dr. Hernani foi um anestesista sempre respeitado por todos. “Aprendi muito com ele, tanto profissionalmente quanto em algumas ocasiões da vida social”, conta com carinho. Também acrescenta que ambos eram os anestesiologistas que mais atendiam médicos e familiares quando era preciso.
Dr. Riosuque relata ainda uma curiosidade da vida de Naninho: “Ele era um dos grandes contadores de piada, sempre tinha uma na ponta da língua”.
A dra. Rosa Marina Avilla fala com emoção de umas das principais marcas do dr. Hernani, o profissionalismo: “ele sempre foi uma pessoa alegre e dedicada ao trabalho, até mesmo quando estava muito doente”, enfatiza. Ela trabalhou no grupo durante 12 anos na companhia do dr. Hernani e está até agora atendendo aos chamados de cirurgiões, em conjunto com outros anestesiologistas como os doutores Ramiro e Laurentino.
O dr. Péricles foi um dos sócios na Equipe de Anestesiologistas. A convivência entre os dois no grupo durou até o ano de 1985, porém continuaram a trabalhar juntos na SAESP, pois o dr. Péricles fez parte da Comissão de Defesa de Classe da Entidade no período em que o dr. Hernani presidiu a Sociedade.
Os dois se conheceram em 1970, quando o dr. Hernani era assistente da cadeira de Anestesiologia da EPM e orientava o dr. Péricles em sua residência na especialidade. Segundo o saudoso amigo, “aquela era uma época muito agradável e é importante ressaltar que o dr. Hernani sempre foi uma pessoa querida por todos, e que optava sempre pela amizade e bom relacionamento com qualquer pessoa”, pondera.
Durante o período de presidência da SAESP, sua esposa comenta que a entidade passou por muitos altos e baixos, mas que o dr. Hernani sempre trabalhou bastante. “Ele gostava muito da parte política, e só parou quando não conseguiu conciliar as tarefas administrativas e a prática da anestesia”, acrescenta.
Do casamento com Regina Dascal Schvartz, teve dois filhos: o auditor Alexandre Schvartz, de 32 anos, e Fanny Schvartz, publicitária de 34 anos. Dr. Hernani faleceu em novembro de 2002 e deixou muita saudade e boas lembranças para seus familiares e colegas de profissão.

1978-1979

Manoel Luiz Moreira de Souza
O dr. Manoel Luiz Moreira de Souza nasceu em 13 de abril de 1947, na capital paulista. Formou-se, em 1970, na Escola Paulista de Medicina e, entre 1971 e 1972, fez residência na própria EPM. Pouco depois, em 1974, tirou o Título Superior em Anestesiologia (TSA). Seu entusiasmo pela especialidade surgiu na época da faculdade, quando se interessou bastante pelas disciplinas de Farmacologia e Fisiologia.
Dr. Manoel trabalhou em diversos centros de referência, como os hospitais São Paulo, Infantil Sabará, Israelita Albert Einstein, Beneficência Portuguesa e Santa Rita. Hoje em dia, atende nos dois últimos.
Sua gestão como presidente da SAESP, durante os anos de 1978 e 1979, não foi fácil. Dr. Manoel conta que a entidade passava por grave crise financeira, pois, em 1974, tinha adquirido a atual sede da rua Caiubi. Havia dois grandes desafios: a Sociedade precisava de estabilidade econômica, mas a casa necessitava de reformas.
Com muito trabalho, a crise foi superada. Esse foi apenas um dos aspectos positivos de sua permanência à frente da SAESP. Outra iniciativa importante, como dr. Manoel denomina, foi “a interiorização da Anestesiologia”. Para atender às necessidades dos especialistas do interior, a Sociedade passou a promover encontros para a atualização dos profissionais pelo menos cinco vezes ao ano.
Dr. Manoel entende que um dos mais recentes divisores da história da anestesiologia foi a triste perda da cantora Clara Nunes, em 1983. Uma complicação no processo anestésico, durante uma cirurgia, abriu um importante debate sobre condições de trabalho, responsabilidade e segurança dos profissionais e pacientes.
Em 1985 foi presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Durante a carreira, trabalhou com vários colegas, os quais admira até hoje. Porém, um antigo amigo tem lugar especial no seu coração: o dr. Pedro Geretto, renomado anestesiologista, também ex-presidente da SAESP. “Ele é o paradigma de muitos anestesiologistas do País”, afirma sempre.
Dr. Manoel é casado com a oceanógrafa Ceci, com quem tem dois filhos: a estudante de medicina Patrícia e o empresário Fernando. Além da família e da Anestesiologia, outra de suas paixões é viver perto do mar, praticando a pesca e navegando.

1976-1977
Bayerlein

Luiz Augusto Emilio Bayerlein
Dr. Luiz Augusto Emilio Bayerlein é reconhecidamente um importante colaborador da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP). Nascido em 5 de março de 1936, sempre teve atuação destacada tanto para a defesa profissional e a qualificação científica dos anestesiologistas, quanto para os médicos de forma geral, pois também atuou no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Formado em 1960 pela Escola Paulista de Medicina, no final do mesmo ano ingressou no Hospital Matarazzo, onde de fato aprendeu a anestesia. Em 1961 começou sua jornada no Hospital São Camilo, onde trabalha até hoje. Foi também anestesiologista do Hospital Ipiranga por quase 14 anos, entre 1961 e 1974, e ainda em 1961 fundou a Clínica Infantil Ipiranga, na qual atuou por um ano.
Na SAESP, foi tesoureiro em 1970, um ano antes de ocupar a presidência da entidade pela primeira vez. Exerceu o cargo até 1971 e teve seu segundo mandato no biênio 1976/77. Também foi membro do Conselho Consultivo e até três anos atrás fazia parte da Comissão de Defesa de Classe.
Após ter ocupado a presidência da SAESP, foi indicado e eleito para a diretoria do Cremesp, em outubro de 1988. Exerceu cargo de conselheiro até 1993 e foi eleito novamente por mais dois mandatos para atuar como vice-tesoureiro e diretor financeiro. Graças ao seu trabalho como diretor financeiro, o Cremesp conseguiu concretizar o sonho de adquirir sua atual sede, situada à rua Consolação, em São Paulo.
Apesar de não ter se dedicado à carreira acadêmica, apresentou um trabalho sobre Anestesia em Pacientes Idosos no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, ao lado do professor Henrique Walter Pinotti. Participou de todos os Congressos Brasileiros de Anestesiologia (CBAs) promovidos pela SBA (Sociedade Brasileira de Anestesiologia) em todo o Brasil, até 1985.
Natural de São Paulo, dr. Luiz é casado, tem quatro filhos e seis netos. Pretende continuar trabalhando, e com muito bom humor, brinca que só um prêmio na loteria o faria abandonar a Medicina. Seu plano é seguir atuando para o crescimento da Anestesiologia e da Medicina.

1975

1974

Almiro dos Reis Jr.
Considerado um dos mais competentes anestesiologistas de São Paulo, o dr. Almiro dos Reis Júnior exerceu dois mandatos como presidente da SAESP: em 1972 e 1974. Foi fundamental para a consolidação e o crescimento da especialidade, encaminhando importantes projetos, como a construção de um museu da anestesiologia e a aquisição da sede própria em que a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo está instalada até hoje, entre outros.
Almiro dos Reis Júnior foi graduado pela Escola Paulista de Medicina, hoje Unifesp, concluindo a faculdade em 1955. Em 1970 tornou-se o primeiro diretor científico da SAESP na gestão do dr. João Brenha Ribeiro, ficando responsável por organizar o curso anual de médicos residentes. Antes de participar da diretoria da Sociedade, colaborou na realização das RAIESP, as Rodadas de Anestesia do Interior do Estado de São Paulo, além de sugerir e organizar o primeiro SAO - Seminário de Anestesia em Obstetrícia, em 1969. Com 186 médicos inscritos, o I SAO aconteceu entre os dias 5 e 7 de junho, no Hotel Danúbio, em São Paulo.
Em 1972, ano de seu primeiro mandato como presidente da SAESP, dr. Almiro iniciou a entrega do Prêmio SAESP, destinado, até hoje, a homenagear o especialista que tiver publicado na Revista Brasileira de Anestesiologia o melhor trabalho de natureza clínica, experimental ou humanística, abordando tanto a anestesiologia quanto outras ciências afins. Anos mais tarde, em 2000, o próprio dr. Almiro viria a receber o prêmio juntamente com o colega dr. Herman Linde pelo trabalho "Temperatura corpórea central durante e após garroteamento de membros inferiores em crianças".
Ainda em 1972 fundou a Biblioteca da SAESP, o Museu da Anestesiologia, e a revista "Resumos de Literatura Anestesiológica Internacional", hoje extinta. "Resumos" foi uma idéia do dr. Almiro para dar oportunidade aos colegas médicos de ter acesso aos estudos sobre o tema publicados no exterior.
Já em sua segunda gestão, em 1974, dr. Almiro fechou a compra da sede atual da SAESP, na rua Caiubi nº 666. Foi a realização de um sonho que acalentava desde seu primeiro mandato. A título de curiosidade, esse imóvel pertenceu à famosa pintora paulista Tarsila do Amaral, irmã do dr. Zepherino Alves do Amaral, introdutor da anestesia regional intravenosa no Brasil.
Também em 1974, instituiu pela primeira vez em São Paulo a comemoração do dia do Anestesista, 16 de outubro, brindada até hoje pelos médicos da especialidade. A data escolhida homenageia a primeira demonstração pública do uso da anestesia, em Boston (EUA), no ano de 1846.
Em 1981 conquistou o prêmio "Oscar Figueiredo Barreto", da APM, com o trabalho "Anestesia regional intravenosa e relaxamento muscular - estudo ergométrico". Recebeu o título de sócio benemérito da instituição em 1992, e em 1998 foi homenageado pela SAESP por ter sido o pioneiro no Brasil a divulgar a anestesia em obstetrícia.
Fora da SAESP, dr. Almiro foi diretor da Sociedade Brasileira de Anestesiologia em 1959 e durante três anos fez parte da comissão do Título Superior de Anestesiologia. Na década de 60, dr. Almiro estagiou nos Estados Unidos.
Apesar de não ter se dedicado exclusivamente à vida acadêmica, colaborou em diversas teses e livros estrangeiros, traduziu, em colaboração, dois livros de anestesiologia, é autor de 90 trabalhos médicos publicados sendo 20 deles no exterior, e dos livros "Anestesia Regional Intravenosa" e "Dessangramento e garroteamento de membros com finalidade cirúrgica". Participou de mais de cem congressos, colaborou em teses, e escreveu vários capítulos em obras nacionais e estrangeiras. Participou de centenas de conferências e demonstrações práticas no Brasil e em diversos outros países.
Atualmente com 72 anos, ainda exerce a anestesiologia no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, do qual é membro honorário. Faz parte do Serviço Médico de Anestesia de São Paulo, o SMA-SP, um dos primeiros serviços particulares de anestesia do Brasil.

1973

Carlos Pereira Parsloe
Dr. Carlos Pereira Parsloe é tido pelos colegas de profissão como um dos mais importantes nomes não só da anestesiologia brasileira como também da mundial. Nascido em Santos, litoral paulista, no ano de 1919, iniciou sua carreira médica na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, formando-se em 1943.
Fez residência no Departamento de Anestesiologia do Hospital Geral da Universidade de Wisconsin, em Madison, Wisconsin, nos Estados Unidos, durante dois anos (1946 a 1948), sob a orientação do famoso professor Ralph M. Waters. Na ocasião, a anestesiologia era incipiente em todo o mundo, com exceção de alguns centros de excelência, como Madison, que era considerada a Meca da anestesiologia. No Brasil ainda não existiam locais de especialização.
Regressou ao Brasil em 1948, ano em que foi fundada a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA), na qual ingressou como membro de número 83, exercendo a especialidade na Santa Casa da Misericórdia de Santos. Em 1950, ao ser fundado o Departamento de Anestesia da Associação Paulista de Medicina, exerceu o cargo de segundo secretário da primeira Diretoria, presidida pelo dr. Reynaldo Neves Figueiredo.
Em março de 1952 retornou aos Estados Unidos, onde ingressou no Departamento de Anestesiologia da Universidade de Wisconsin, voltando ao país natal no final de 1954. Convidado pelo dr. Luis Rodrigues Alves, passou a fazer parte do Serviço Médico de Anestesia, em São Paulo, exercendo suas atividades nos Hospitais Samaritano e Osvaldo Cruz até aposentar-se, em 2003.
Participou do primeiro Congresso Latino-americano de Anestesiologia, realizado em 1949 em Buenos Aires, e do primeiro Congresso Brasileiro de Anestesiologia, realizado em São Paulo, em 1954.
Passou mais dois períodos nos Estados Unidos: nove meses em 1963, como assistente clínico no Departamento de Anestesiologia da Universidade de Wisconsin e seis meses em 1974, como professor visitante no Departamento de Anestesiologia do Colégio Médico de Toledo, em Ohio.
Durante sua carreira participou como conferencista de inúmeros Congressos Brasileiros de Anestesiologia e de Jornadas Estaduais, assim como de eventos internacionais em diversos países na América Latina, na Europa, Austrália, Ásia, África e nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra e Rússia.
Foi presidente da Comissão Científica do Terceiro Congresso Mundial de Anestesiologia, realizado em São Paulo, em 1964. Em 1960, a SBA recebera da Federação Mundial das Sociedades de Anestesiologistas (WFSA) a incumbência de realizar este Congresso sendo eleita a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP) como executora do projeto de alta responsabilidade, sob a presidência do dr. Luiz Rodrigues Alves.
Em 1964 tornou-se membro da Comissão Científica e Educacional da WFSA, permanecendo no cargo por oito anos. No Congresso Mundial de 1972, realizado em Kyoto, no Japão, foi eleito para a Comissão Executiva da WFSA para substituir o dr. Luis Rodrigues Alves, que terminava o seu mandato como representante da SBA, ficando neste cargo até 1980, quando foi eleito vice-presidente da WFSA.
No Congresso Mundial de 1984, realizado em Manila, nas Filipinas, foi eleito presidente da WFSA, terminando sua gestão em 1988, no Congresso Mundial realizado em Washington, nos Estados Unidos. Em 1992 foi presidente de Honra do Congresso Mundial realizado em Haia, na Holanda.
Dr. Parsloe foi presidente da SAESP em 1973, substituindo o dr. Almiro dos Reis Junior, que seria reeleito em 1974. Em 1985 recebeu a medalha comemorativa do 600º aniversário da Universidade Jagieloniania e da Faculdade de Medicina, oferecida pelo Senado da Academia Médica Nicolau Copérnico, em Cracóvia, na Polônia. Em 1991 recebeu o Prêmio CLASA, da Confederação Latino-americana de Sociedades de Anestesiologia. Foi eleito em 1986 "Honorary Fellow" do Colégio de Anestesistas da Austrália e Nova Zelândia (ANCZA) e, em 1989, membro honorário da Associação de Anestesistas da Grã Bretanha e Irlanda (AAGBI) e Fellow do Colégio Real de Anestesistas da Grã Bretanha (FRCA).
Nos últimos quinze anos realizou diversas conferências Internacionais sob o tema da assimetria social, econômica e tecnológica que aflige o mundo e repercute na prática da anestesiologia. A mais recente, em 2003, no 50º Congresso da Sociedade Japonesa de Anestesiologia, em Yokohama. É médico benemérito da SAESP e Honorário da SBA, da Sociedade Paranaense de Anestesiologia e das Sociedades de Anestesiologia dos Estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco. Também é membro Benemérito da Sociedade Hospital Samaritano, em São Paulo.

1972

Almiro dos Reis Jr.
Considerado um dos mais competentes anestesiologistas de São Paulo, o dr. Almiro dos Reis Júnior exerceu dois mandatos como presidente da SAESP: em 1972 e 1974. Foi fundamental para a consolidação e o crescimento da especialidade, encaminhando importantes projetos, como a construção de um museu da anestesiologia e a aquisição da sede própria em que a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo está instalada até hoje, entre outros.
Almiro dos Reis Júnior foi graduado pela Escola Paulista de Medicina, hoje Unifesp, concluindo a faculdade em 1955. Em 1970 tornou-se o primeiro diretor científico da SAESP na gestão do dr. João Brenha Ribeiro, ficando responsável por organizar o curso anual de médicos residentes. Antes de participar da diretoria da Sociedade, colaborou na realização das RAIESP, as Rodadas de Anestesia do Interior do Estado de São Paulo, além de sugerir e organizar o primeiro SAO - Seminário de Anestesia em Obstetrícia, em 1969. Com 186 médicos inscritos, o I SAO aconteceu entre os dias 5 e 7 de junho, no Hotel Danúbio, em São Paulo.
Em 1972, ano de seu primeiro mandato como presidente da SAESP, dr. Almiro iniciou a entrega do Prêmio SAESP, destinado, até hoje, a homenagear o especialista que tiver publicado na Revista Brasileira de Anestesiologia o melhor trabalho de natureza clínica, experimental ou humanística, abordando tanto a anestesiologia quanto outras ciências afins. Anos mais tarde, em 2000, o próprio dr. Almiro viria a receber o prêmio juntamente com o colega dr. Herman Linde pelo trabalho "Temperatura corpórea central durante e após garroteamento de membros inferiores em crianças".
Ainda em 1972 fundou a Biblioteca da SAESP, o Museu da Anestesiologia, e a revista "Resumos de Literatura Anestesiológica Internacional", hoje extinta. "Resumos" foi uma idéia do dr. Almiro para dar oportunidade aos colegas médicos de ter acesso aos estudos sobre o tema publicados no exterior.
Já em sua segunda gestão, em 1974, dr. Almiro fechou a compra da sede atual da SAESP, na rua Caiubi nº 666. Foi a realização de um sonho que acalentava desde seu primeiro mandato. A título de curiosidade, esse imóvel pertenceu à famosa pintora paulista Tarsila do Amaral, irmã do dr. Zepherino Alves do Amaral, introdutor da anestesia regional intravenosa no Brasil.
Também em 1974, instituiu pela primeira vez em São Paulo a comemoração do dia do Anestesista, 16 de outubro, brindada até hoje pelos médicos da especialidade. A data escolhida homenageia a primeira demonstração pública do uso da anestesia, em Boston (EUA), no ano de 1846.
Em 1981 conquistou o prêmio "Oscar Figueiredo Barreto", da APM, com o trabalho "Anestesia regional intravenosa e relaxamento muscular - estudo ergométrico". Recebeu o título de sócio benemérito da instituição em 1992, e em 1998 foi homenageado pela SAESP por ter sido o pioneiro no Brasil a divulgar a anestesia em obstetrícia.
Fora da SAESP, dr. Almiro foi diretor da Sociedade Brasileira de Anestesiologia em 1959 e durante três anos fez parte da comissão do Título Superior de Anestesiologia. Na década de 60, dr. Almiro estagiou nos Estados Unidos.
Apesar de não ter se dedicado exclusivamente à vida acadêmica, colaborou em diversas teses e livros estrangeiros, traduziu, em colaboração, dois livros de anestesiologia, é autor de 90 trabalhos médicos publicados sendo 20 deles no exterior, e dos livros "Anestesia Regional Intravenosa" e "Dessangramento e garroteamento de membros com finalidade cirúrgica". Participou de mais de cem congressos, colaborou em teses, e escreveu vários capítulos em obras nacionais e estrangeiras. Participou de centenas de conferências e demonstrações práticas no Brasil e em diversos outros países.
Atualmente com 72 anos, ainda exerce a anestesiologia no Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, do qual é membro honorário. Faz parte do Serviço Médico de Anestesia de São Paulo, o SMA-SP, um dos primeiros serviços particulares de anestesia do Brasil.

1971
Bayerlein

Luiz Augusto Emilio Bayerlein
Dr. Luiz Augusto Emilio Bayerlein é reconhecidamente um importante colaborador da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP). Nascido em 5 de março de 1936, sempre teve atuação destacada tanto para a defesa profissional e a qualificação científica dos anestesiologistas, quanto para os médicos de forma geral, pois também atuou no Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Formado em 1960 pela Escola Paulista de Medicina, no final do mesmo ano ingressou no Hospital Matarazzo, onde de fato aprendeu a anestesia. Em 1961 começou sua jornada no Hospital São Camilo, onde trabalha até hoje. Foi também anestesiologista do Hospital Ipiranga por quase 14 anos, entre 1961 e 1974, e ainda em 1961 fundou a Clínica Infantil Ipiranga, na qual atuou por um ano.
Na SAESP, foi tesoureiro em 1970, um ano antes de ocupar a presidência da entidade pela primeira vez. Exerceu o cargo até 1971 e teve seu segundo mandato no biênio 1976/77. Também foi membro do Conselho Consultivo e até três anos atrás fazia parte da Comissão de Defesa de Classe.
Após ter ocupado a presidência da SAESP, foi indicado e eleito para a diretoria do Cremesp, em outubro de 1988. Exerceu cargo de conselheiro até 1993 e foi eleito novamente por mais dois mandatos para atuar como vice-tesoureiro e diretor financeiro. Graças ao seu trabalho como diretor financeiro, o Cremesp conseguiu concretizar o sonho de adquirir sua atual sede, situada à rua Consolação, em São Paulo.
Apesar de não ter se dedicado à carreira acadêmica, apresentou um trabalho sobre Anestesia em Pacientes Idosos no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, ao lado do professor Henrique Walter Pinotti. Participou de todos os Congressos Brasileiros de Anestesiologia (CBAs) promovidos pela SBA (Sociedade Brasileira de Anestesiologia) em todo o Brasil, até 1985.
Natural de São Paulo, dr. Luiz é casado, tem quatro filhos e seis netos. Pretende continuar trabalhando, e com muito bom humor, brinca que só um prêmio na loteria o faria abandonar a Medicina. Seu plano é seguir atuando para o crescimento da Anestesiologia e da Medicina.

1970

João Brenha Ribeiro
Dr. João Brenha Ribeiro é o exemplo de homem modesto. Tanto que acredita não haver muita coisa excepcional em sua carreira para contar. No entanto, sua trajetória profissional mostra exatamente o contrário. Nascido na cidade de São Paulo, em 1931, graduou-se, com louvor, médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1955.
Antes de escolher a especialidade, dr. Brenha atuou como obstetra, pediatra e clínico. “Fiz de tudo”, resume. Em 1956, começou a trabalhar como anestesista na Santa Casa de São Paulo, mas o gosto pela especialidade veio dois anos mais tarde, quando atuava no Serviço Médico de Anestesia do Hospital Samaritano, onde teve contato com colegas como os doutores Fernando Rodrigues Alves, Jorge de Almeida Mello e Carlos Pereira Parsloe.
A partir daí, dr. Brenha abandonou as outras especialidades, dedicando-se somente à anestesiologia. Em 1959, durante o Congresso Brasileiro de Anestesiologia, em Belo Horizonte (MG), recebeu o título de especialista (TSA). Trabalhou em importantes hospitais, tais como: Samaritano, Oswaldo Cruz, Pedro II, Sírio Libanês, entre outros.
Durante seu mandato na SAESP, no ano de 1970, é que foi firmado convênio da Sociedade com a Associação Paulista de Medicina (APM), estabelecendo que o Departamento de Anestesiologia da APM é representado pela SAESP.
Em 1976, dr. Brenha foi eleito presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Mais tarde, também na SBA, foi eleito membro consultivo, membro da Comissão do Título de Especialista e membro da Comissão de Estatutos, Regulamentos e Regimentos.
Em 1982, aos 51 anos de idade, dr. Brenha formou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Até 1992 exerceu as duas profissões e, atualmente, apenas advoga.
Viúvo, dr. Brenha é pai de dois filhos: José Brenha Ribeiro Sobrinho

1969

1968
Nigro

1967

Roberto Ayres de Araújo
Nascido em 1915, dr. Roberto Ayres de Araújo iniciou sua jornada na Escola Paulista de Medicina logo ao se formar, em 1941. Também ingressou como médico clínico no Instituto dos Comerciários de São Paulo. Ainda como clínico, sua primeira especialidade foi médico do trabalho da Gessy Lever.
Dr. Roberto começou a se dedicar à anestesiologia após concluir um estágio no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC - FMUSP), em 1946. Dois anos depois, fundou o Serviço de Anestesia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, sendo seu chefe até 1957. Foi também chefe do Serviço de Anestesia do Hospital dos Comerciários, desde sua fundação, até 1957.
Ainda em 1957, deixou todos os seus cargos para ser médico titular da Clínica de Anestesia de São Paulo, onde ficou até 1983. Entre 1963 e 1978 exerceu a anestesiologia no Instituto Dante Pazanezze.
Foi presidente da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP) em 1967. Antes disso, ocupou o cargo de secretário no Departamento de Anestesia da Associação Paulista de Medicina, que mais tarde se tornaria a SAESP. Participou de muitas atividades das Sociedades de Anestesiologia, como os Congressos Brasileiros de Anestesiologia realizados em diversas cidades brasileiras.
Nascido em Santos, litoral de São Paulo, dr. Roberto é casado e tem três filhos. Aposentado desde 1986, lembra com orgulho dos tantos anos dedicados à Medicina e a Anestesiologia, e agora aproveita para desfrutar de um merecido descanso.

1966

Raphael Augusto Bellini
Nascido em 22 de outubro de 1927, na cidade de Matão, São Paulo, o dr. Raphael Augusto Bellini formou-se na Escola Paulista de Medicina (EPM) no ano de 1952. Pouco tempo depois, também na EPM, concluiu a residência. Seu interesse pela Anestesiologia surgiu quando ainda estava cursando a faculdade e acompanhava a prática da anestesia da equipe do dr. Caio Pinheiro, no Hospital São Paulo. Entre 1954 e 1955, dr. Raphael especializou-se em anestesia durante um curso no Departamento de Clínica Cirúrgica da EPM. Em 1960, tirou o Título Superior em Anestesiologia pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, em Curitiba. Ainda na Escola Paulista, foi professor da especialidade, ministrando aulas para turmas do 4º ano do curso de Medicina entre 1959 e 1967, ano em que fez parte da diretoria da SBA.
Dentre os principais locais onde trabalhou, destacam-se os hospitais São Paulo, Santa Rita, Sorocabano, Infantil Sabará e Beneficência Portuguesa. Sua passagem como presidente da SAESP, no ano de 1966, foi marcada pelas mudanças ocorridas na entidade, que até então funcionava como um departamento da Associação Paulista de Medicina (APM). Dr. Raphael teve papel fundamental nessa importante fase da Sociedade. Juntamente com o dr Kentaro Takaoka, alugou uma sala no edifício Pasteur, onde passou a funcionar a Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Anestesiologia e o Departamento de Anestesia da APM.
Ainda durante sua gestão, deu início às Rodadas de Anestesia no interior de São Paulo, começando por São José dos Campos, e também às Jornadas de Anestesia entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, sendo a primeira realizada em Belo Horizonte, a pedido dos colegas mineiros.
Dr. Raphael lembra com carinho de antigos amigos que o ajudaram tanto na divulgação da SAESP, quanto na tarefa de promover a atualização e interação dos profissionais da anestesiologia, principalmente no interior. Um destes colegas é o próprio dr. Takaoka. “Ele sempre trabalhou ativamente pela Anestesiologia, além de ser um indivíduo espetacular”.
Outros colegas como os drs. Roberto Ayres Araújo, Pedro Cronenberg, Pedro Geretto e Carlos Vita Lacerda de Abreu também merecem lugar especial na galeria de companheiros do dr. Raphael pelos brilhantes trabalhos prestados em nome da SAESP.
Aposentado há um ano, Raphael Augusto Bellini atualmente divide o tempo livre entre temporadas em Santos e em São Paulo, onde continua fazendo parte da direção do Hospital Santa Rita. Casado com Brunnilda D’Almeida Bellini, com quem tem dois filhos – o advogado Aurélio e o gerente administrativo Márcio Luis –, o ex-presidente da SAESP se emociona bastante ao falar dos quatro netos e da bisneta. Como hobby, tem uma criação de cabras, às quais ordenha para ter o leite fresco que utiliza para preparar deliciosos queijos.
Nesta nova fase de sua vida, o especialista se recorda das repetidas palavras de um amigo já distante:
“Senhor,
Ensina-me a envelhecer
Que meu afastamento do campo de trabalho
Seja tão simples e natural
Como um sereno e feliz
Luminoso pôr-do-sol...”.

1965

Carlos Vita Lacerda de Abreu
Natural de São José do Rio Pardo, interior paulista, o dr. Carlos Vita de Lacerda Abreu nasceu em 29 de maio de 1924. Suas atividades em Anestesiologia começaram logo após a graduação na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1949, como estagiário do serviço de Anestesia do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Em 1953, participou do 1º concurso público de Anestesia realizado no Brasil, promovido pelo antigo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC), conseguindo a primeira colocação e logo passando a chefiar o Serviço de Anestesiologia do IAPC, hoje conhecido por Hospital Brigadeiro do Sistema Único de Saúde (SUS).
Foi convidado para trabalhar no Serviço Médico de Anestesia (SMA) em 1955, serviço privado que atua nos hospitais Oswaldo Cruz, Samaritano e, mais tarde, também, no Sírio Libanês, onde ficou até 1985, quando se afastou para dedicar-se integralmente à direção de empresa dedicada à operação em Planos de Saúde.
Além da Anestesiologia o dr. Vita ainda atua no campo da hemoterapia, tendo trabalhado de 1951 a 1957 como membro do corpo de médicos do Banco de Sangue do Hospital das Clínicas da FMUSP. Em 1955, foi convidado para dirigir o Banco de Sangue do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, atividade que exerce até a presente data.
Presidiu, em 1965, o Departamento de Anestesia da Associação Paulista de Medicina (APM), que mais tarde daria origem à Saesp. No decorrer de sua gestão, juntamente com outros importantes colegas, entre eles os doutores Gil Soares Bairão, Kentaro Takaoka e Almiro dos Reis Junior, foi lançada a idéia da criação da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo; fato que se concretizou em 1969, com sua implementação oficial.
Desde fevereiro de 1952 é casado com Cleide Odete, com quem tem 4 filhas: a psicóloga Beatriz, a advogada Monica, a administradora de empresas Eliane, e Luciana, publicitária. O casal tem, ainda, 7 netos.
Além de sua dedicação à família e às atividades médicas, o dr. Vita se interessa por administração de empresas e leituras de temas médicos, administração e finanças empresariais. Nos momentos de lazer gosta de promover viagens com toda a família.

1964

Amador Varella Lorenzo
Dr. Amador Varella Lorenzo se considera um "soldado de linha de frente" na prática da anestesiologia. Orgulha-se de ter dedicado 35 anos de sua vida à medicina, evitando cargos administrativos e dedicando-se exclusivamente à prática e ao estudo dos diversos tipos de anestesia. Da experiência na sala cirurgia, aliada ao estudo da literatura especializada, resultou a participação ativa em inúmeros Congressos Brasileiros de Anestesiologia (CBA), conferências, e mesas-redondas da especialidade.
Nascido na Espanha em 1917, dr. Amador veio para o Brasil com apenas um ano de idade. Teve que se naturalizar brasileiro, pois na época em que se graduou, em 1942, o Ministério da Educação não aceitava o registro dos diplomas de médicos estrangeiros. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1942, iniciou suas atividades no Hospital das Clínicas em 1948 como estagiário, passando a assistente após cinco meses. Trabalhou nesta função até se aposentar, em 1979.
Escreveu o capítulo "Anestésicos locais e anestesias parciais" para o livro "Farmacodinâmica", do professor Charles Edward Corbett, por quem foi convidado para ministrar esse mesmo assunto no curso regular de Farmacologia da USP. Publicou trabalhos acadêmicos na Revista Brasileira de Anestesiologia, um livro em colaboração, "Ciências Báscias e Anestesiologia", e a tradução de um livro em inglês sobre educação sexual, e do livro "Kinder-aneästhesie" (Anestesia em Pediatria), dos médicos alemães W. Dick e F. M. Ahnefeld.
Na década de 60 foi membro e presidente da banca examinadora que anualmente concede os títulos de especialista em anestesiologia "TSA" aos aprovados. Obteve o título de Doutor em Medicina pela Universidade de São Paulo em outubro de 1969, mediante defesa de tese. Em 1964 foi eleito presidente do Departamento de Anestesiologia da Associação Paulista de Medicina, que mais tarde se tornaria a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP).
Desde muito jovem demonstrou grande interesse pelo conhecimento de idiomas, o que o levou a fazer cursos completos de inglês (União Cultural Brasil-Estados Unidos), francês (Aliança Francesa), alemão (Escola Alemã), italiano (Instituto Cultural Ítalo-Brasileiro), e um curso incompleto de Japonês (Aliança Cultural - Brasil-Japão).
Hoje aos 87 anos, dr. Varella espera ansiosamente a liberação de sua nacionalidade espanhola, para ele uma questão de orgulho. Casado com dona Amélia, pai de uma filha veterinária e avô de dois netos, dr. Amador tem vontade de retornar à Espanha apenas a passeio, pois toda sua vida e formação foram construídas no Brasil.

1963

1962

Kentaro Takaoka
Presidente em 1962 do Departamento de Anestesiologia da APM - que mais tarde se tornaria Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo -, o dr. Kentaro Takaoka destaca-se no meio médico por sua dedicação em criar novos equipamentos que facilitem a aplicação da anestesia, bem como por desenvolver aparelhos de respiração artificial. Nascido em São Paulo em 20 de agosto de 1919, em 1944 o jovem Takaoka terminava seu curso de Medicina na USP, seguindo a tradição japonesa do filho mais velho herdar a profissão do pai.
Quando começou a exercer a Medicina, ainda não existia a especialidade de anestesiologia, devidamente formatada e sistematizada. A anestesia era apenas uma categoria dentro da cirurgia, aplicada por cirurgiões, médicos assistentes ou enfermeiros. Entre alguns dos pioneiros paulistas na área de anestesiologia estão, como recorda o dr. Takaoka, os doutores Oscar Barreto, Luís Rodrigues Alves, Gil Soares Bairão e Reynaldo Neves de Figueiredo e Caio Pinheiro, que posteriormente passaram pela presidência da SAESP.
A especialidade passou a ocupar um dos departamentos científicos da Associação Paulista de Medicina a partir de 1950. Conforme relata o dr. Takaoka, em 1955 - após 11 anos de trabalhos no Hospital das Clínicas -, ele e alguns de seus companheiros fundaram a Clínica de Anestesia de São Paulo, como forma de impulsionar a especialidade e torná-la reconhecida e independente das demais áreas da Medicina.
Em 1965, a Secretaria do Departamento de Anestesia passou a funcionar em uma das salas da Clínica, cedida pelo dr. Takaoka. Além de sua participação ativa no cenário paulistano da anestesiologia, o médico foi, em 1966, presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Em 1969, participou da fundação da SAESP.
Amor pela Medicina e Informática
O gosto pelas áreas de engenharia e mecânica o acompanha até hoje. Além da Medicina, formou-se fresador mecânico pelo SENAI, o que o capacitou a desenvolver equipamentos na área de anestesiologia. Enquanto esteve trabalhando no Hospital das Clínicas, criou uma pequena oficina de pesquisa, no 9º andar do Hospital das Clínicas, onde, sempre que havia um tempo livre, dedicava-se à pesquisa de equipamentos mais sofisticados e que pudessem ser úteis no cotidiano do hospital.
"Naquela época", conforme lembra o dr. Kentaro, "havia apenas um aparelho de respiração. Nós o chamávamos de ressuscitador e servia para atender o pronto socorro e outros setores. Se o aparelho fosse solicitado ao mesmo tempo em áreas distantes diferentes, virava um problema". Foi pensando especialmente nos recém-nascidos que, a partir de 1951, o dr. Takaoka desenvolveu um aparelho portátil de respiração artificial. A patente data de 1963 e, de lá para cá, diversos equipamentos hospitalares e de anestesia foram desenvolvidos pelo médico.
Quando a informática passou a fazer parte da realidade brasileira, o dr. Takaoka introduziu em sua fábrica de equipamentos os princípios da computação e lembra-se com carinho dos treinamentos dados sobre o uso dos novos aparelhos informatizados. A necessidade de aprender fez dele um amante da tecnologia e hoje um dos seus passatempos preferidos é a leitura de revistas na área de computação. De espírito inquieto e alegre, aos 84 anos, casado e pai de seis filhos, o dr. Takaoka ainda deseja aprender mais. Seus planos imediatos são resgatar a língua de seus pais e continuar se dedicando à anestesiologia brasileira.

1961

Antonio Pereira Almeida
Dr. Antonio Pereira Almeida, o Tonico, como era carinhosamente chamado pelos colegas, é uma das figuras mais conhecidas da Anestesiologia brasileira. Nasceu em 6 de dezembro de 1916, na capital paulista. Formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 1944, mesmo ano em que começou a integrar a equipe do Serviço de Anestesia do Hospital das Clínicas da FMUSP.
Em 1946, dr. Almeida fez uma viagem de estudos aos Estados Unidos, onde durante um ano freqüentou diversos centros médicos.
Também aproveitou sua estada no país para conhecer melhor a filosofia. Quando retornou ao Brasil, continuou a trabalhar no HC. Foi assistente extranumerário da cadeira de Farmacologia da FMUSP de 1955 a 1958. Além de anos integrando a equipe de Anestesia do Hospital das Clínicas, trabalhou nos hospitais Beneficência Portuguesa, Santa Catarina, Servidor Publico e na Gastroclínica.
O especialista deixou vasta contribuição acadêmica à Anestesiologia, desenvolveu técnicas de hibernação artificial e estudos sobre “Parada Cardíaca e Reanimação”, “Hipotermia em Neurocirurgia”, “Experiências no Tratamento da Dor”, “Reposição Volêmica”, entre outros. Por uma de suas pesquisas – “Nova Técnica para Angiografia Renal” - recebeu o prêmio “Luiz Felipe Baeta Neves”.
Em 1960 tirou o Título Superior em Anestesiologia (TSA) pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Foi agraciado com a Medalha de Defesa da Saúde, em 1962, honraria concedida pelo Centro de Estudos do Serviço de Saúde da Força Pública de São Paulo. Pertenceu à equipe do profº. dr. Edmundo Vasconcelos por aproximadamente 30 anos. Durante esse tempo acompanhou o dr. Vasconcelos em viagens nacionais e internacionais aplicando a Anestesia e ministrando aulas sobre temas ligados à área.
Dr. Almeida fez um curso de elétrica para aperfeiçoar seus conhecimentos no assunto e, a partir de um modelo suíço, juntamente com suas pesquisas, desenvolveu o desfibrilador com um bloqueador de corrente, que eliminava o refluxo provocado pela continuidade da onda elétrica. Presidiu a SAESP na gestão de 1961 e paralelamente foi presidente do Departamento de Anestesiologia da Associação Paulista de Medicina. “Sua aparente timidez revela a virtude da modéstia. Nele temos um amigo que merece respeito, admiração e aplausos”. Assim o dr. Almeida foi homenageado no boletim informativo da SBA de novembro de 1962.
Quando moço foi seminarista, entretanto, não chegou a concluir o curso. Era profundo conhecedor da enologia e amante da boa culinária. Nos momentos de lazer gostava de praticar esportes náuticos. Seu encanto pelo mar era tanto que foi um dos fundadores do Yacht Club de Santos. Casado com Teresa Isabel desde 1948, teve três filhos: Antonio Carlos, engenheiro eletrônico e administrador de empresas; Olívia Maria, psicóloga, já falecida; e Teresa Cristina, arquiteta. Dr. Almeida faleceu em 20 de agosto de 2002, deixando além de importantes contribuições à especialidade, muitas saudades aos colegas e familiares.

1960

Pedro Geretto
Aposentado desde o mês de maio de 2005, o anestesiologista, que leva o título de ‘primeiro professor titular concursado do Brasil’, se enche de orgulho ao falar de uma vida inteira dedicada à Escola Paulista de Medicina. Mesmo hoje, quando poderia descansar longe da intensa rotina hospitalar, não deixa de visitar com freqüência aquele que sempre considerou seu segundo lar. Comumente atravessa os corredores do Hospital São Paulo, passa pelo centro cirúrgico e demais dependências deixando, a cada visita, um pouco de sua experiência de mais de 50 anos de carreira.
Presidente da SAESP no ano de 1960, dr. Geretto é um exemplo de dedicação à carreira. Nascido na pequena cidade de Ibitinga, interior de São Paulo, em 1922, cumpriu uma trajetória brilhante para concretizar seu maior sonho: ser médico.
Concluiu graduação em 1948, pela Escola Paulista de Medicina (EPM), onde permaneceu por 57 anos em brilhante carreira no Hospital São Paulo. Estagiário médico anestesista, integrou o Serviço de Anestesiologia, do professor Caio Pinheiro. Em 1954, se tornou professor assistente da disciplina de Anestesiologia do Departamento de Cirurgia da EPM. Pouco tempo depois, em 1957, foi o responsável pela anestesia da primeira cirurgia cardíaca com circulação extra-corpórea no país, realizada pelo prof. Hugo Felipozzi na Casa de Saúde Santa Rita.
Após concluir doutorado e livre docência, em 1976, ainda naquela instituição, entrou para a história da Medicina do País. Como primeiro professor titular concursado do Brasil, presidiu a comissão curricular e trabalhou na reestruturação do currículo da escola. Sua trajetória na EPM é longa. Foi, ainda, chefe do Departamento de Cirurgia entre 1987 e 1990 e chegou a diretor clinico do Hospital São Paulo nos anos de 1990 e 1991. Não menos brilhante foi sua trajetória iniciada em 1949 no Hospital Beneficência Portuguesa, do qual foi chefe e fundador do Serviço de Dor, além de diretor clínico por dois anos, quando implantou a pós-graduação latu sensu.
A carreira associativa deste ilustre anestesiologista também é incontestável. Em 1960, quando presidente do Departamento de Anestesia da Associação Paulista de Medicina, que mais tarde daria origem à SAESP, deu-se o importante movimento de defesa de classe do anestesiologista, cujo objetivo era substituir o serviço remunerado por vínculo empregatício pelo trabalho por unidade de serviço tabelada, como acontece nos dias de hoje. Como membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, dr. Geretto atuou como diretor da Revista Brasileira de Anestesiologia.
Tantas lutas e correria jamais fizeram com que perdesse de foco a necessidade de atualização, permanentemente cumprida nos diversos congressos no Brasil e no exterior. Em 1958, por exemplo, viajou para os Estados Unidos onde percorreu, durante cinco meses, centros de anestesia para cirurgia cardíaca. Graças à vasta produção científica - ele reúne mais de 60 trabalhos publicados em revistas nacionais e estrangeiras –, recebeu inúmeros prêmios. Entre eles, destacam-se a placa de prata da Associação Paulista de Medicina, as diversas medalhas e condecorações da Marinha, da qual faz parte ainda hoje vinculado Sociedade Amigos da Marinha.
Atualmente, incansável aos 83 anos de idade, dr. Geretto presta serviço voluntário juntos ao Mosteiro de São Bento. Nas tardes de quarta-feira, em sua visita semanal, repassa a ficha de avaliação dos cerca de 40 monges lá residentes, verifica novas ocorrências que, quando fogem de sua alçada, encaminha a um especialista. Mesmo com tantas glórias na vida profissional, ele não se esquece daqueles que foram importantes desde o início de sua trajetória. Os professores Jairo Ramos e Alípio Corrêa Netto são lembrados como dois dos principais mestres com os quais teve o privilégio de conviver. “Foram eles que construíram a minha formação. Serviram como modelo, como exemplos de dedicação e ética. Quando chegou a minha vez de ensinar, procurei formar bons profissionais e transmitir a eles amor pela Escola. A função do professor é mostrar o caminho para aqueles que iniciam e apontar o futuro para aqueles que nos ultrapassaram”.
Mas orgulho mesmo, dr. Geretto sente ao falar daquela que esteve sempre a seu lado, dona Maria Cecília, com quem se casou há quase 55 anos. “Devo grande parte de minhas conquistas à minha mulher, que, com grande dedicação, carinho e amor, construiu uma família extraordinária, que é o alicerce de tudo o que eu pude construir na vida profissional e acadêmica”. Frutos desta relação de respeito e compreensão, estão os quatro filhos e oito netos do casal. Dentre a nova geração da família Geretto, a primeira a seguir os passos do avô é Anna Gabriela, que atualmente se prepara para o vestibular de Medicina.

1959

Reynaldo Paschoal Russo
Reynaldo Paschoal Russo, nascido em São Paulo, após os estudos primários foi aprovado no concurso do ensino pré-medico da FMUSP em 1941 e ao 1º ano médico, após exame de habilitação em 1942 da mesma faculdade concluindo o curso medico em 1948. Em 1949 foi admitido como médico na Prefeitura de São Paulo; em 1954 foi transferido como anestesiologista para o Hospital Municipal onde permaneceu como tal até 1973, quando após concurso foi eleito chefe do Serviço de Anestesia e Gasoterapia do mesmo hospital; permaneceu no HSPM até 1996 quando se aposentou.
Dimensionou e supervisionou a instalação da UTI do mesmo exercendo ali a função de chefe de 1970 a 1974.
No HSPM foi indicado como preceptor dos alunos e residentes da Faculdade de Ciências Médicas de Botucatu.
Em 1972 foi diplomado e depois professor de Administração Hospitalar pela Associação de Estudos Intensivos de Administração Hospitalar em convênio com a Faculdade de Medicina do ABC e Academia Brasileira de Medicina Militar de 1961 a 1964.
Em 1965 em colaboração com o dr. Bento Gonçalves e com o dr. Amador Varela Lorenzo publicou, em 1965, o livro Ciências Básicas em Anestesiologia, cuja renda total pela venda foi doada à SBA.
Exerceu a clínica particular em São Paulo em diversos hospitais.
Em 1973 foi escolhido pela SBA para integrar o 1º Plano Piloto de Conferências para o Norte e Nordeste.
Participou de 40 simpósios, mesas-redondas e seminários, e teve 41 participações em congressos e jornadas de Anestesia, proferiu 149 aulas, demonstrações, conferências ou palestras no Brasil, Argentina e Peru onde realizou também demonstrações práticas de anestesia e bloqueios terapêuticos.
Publicou 44 trabalhos só ou em colaboração em revistas especialmente naquela da SBA e duas notas pré-vias em colaboração com o dr. Antonio Pereira de Almeida.
Em 1976 convidado pelo Governo francês estagiou no serviço de Anestesia e Reanimação em Paris.
Admitido na SBA em 1954, lá permaneceu até 1984, quando se desligou da SAESP.
Tem como hobby a filatelia; na SBA foi eleito como membro das comissões de: 1 – Regulamentação dos CBA em 1956; 2 – Ética e defesa profissional em 1965 e Presidente da mesma em 1967; 3 – Finanças da SBA de 1969 a 1975; 4 – Normas técnicas de 1972 a 1974; 5 – Membro da Banca Examinadora para a obtenção do Titulo de Especialista em Anestesiologia nos anos de: 1961, 1962, 1963 e 1964 quando foi presidente da mesma;
Foi bibliotecário da SBA em 1957, quando presidiu a Assembléia Geral da SBA em Porto Alegre;
Presidente do departamento de Anestesiologia da APM em 1959 quando organizou o 1º Curso para a obtenção do Titulo de Especialista em Anestesiologia e no ano seguinte membro da Comissão de Defesa de Classe da APM;
Representante oficial da SBA no Congresso Argentino de Anestesia em Buenos Aires em 1957;
Foi anestesista do Hospital do Servidor Publico Estadual – Francisco Morato e indicado para preceptor dos residentes de anestesia do mesmo;Agraciado com: 1 – Diploma de gratidão do HSPM por serviços prestados; 2 – Medalha de honra ao mérito da Sociedade Pernambucana de Anestesia; 3 – Jangada de Prata dos Anestesistas do Ceará; 4 – Placa de Ex-presidente do Departamento de Anestesia da APM doada pela SAESP.
Casado com Irma Vilas Boas Russo tem 3 filhos: Antonio Fernando, engenheiro pela Poli e curso de pós-graduação na Universidade de Stanford como bolsista da FAPESP; Luiza Helena, jornalista pela Casper Libero de SP, médica pela Faculdade de Santos e exercendo atualmente as funções de assistente e supervisora do ensino de residentes do Instituto de Psiquiatria do HC da FMUSP e diretora técnica da mesma;
Maria Valeria, advogada pela Faculdade de Direito da USP e membro da OAB.
Tem sete netos, um formato em Administração de Empresas pela Faculdade Federal de Curitiba, 4 em Universidades sendo dois na PUC e uma na Faculdade de Medicina na UNICAMP e duas vestibulandas em 2006.

1958

Jorge de Almeida Bello
Dr. Jorge de Almeida Bello ajudou a escrever belas páginas da anestesiologia brasileira. Presidente do Departamento de Anestesia da Associação Paulista de Medicina em 1958, órgão que mais tarde se tornaria a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP), atuou em diversas etapas fundamentais para que a especialidade se consolidasse no Brasil. Formado em 1945 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, dr. Jorge estagiou como anestesista do Hospital das Clínicas de São Paulo até 1947. Logo após, ingressou numa clínica particular. Neste mesmo ano passou a integrar o Serviço Médico de Anestesia de São Paulo (SMA-SP), que, aliás, completou 60 anos em 2003.
Em 1954, dr. Jorge foi secretário do primeiro Congresso Brasileiro de Anestesiologia, realizado em São Paulo, presidido pelo dr. Luiz Rodrigues Alves. Em 1959 integrou a banca examinadora dos títulos de especialista em anestesiologia realizada pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia, e foi redator da Revista Brasileira de Anestesiologia.
Foi vice-presidente da Sociedade Brasileira de Anestesiologia em 1979 e em 1980 tornou-se o presidente. Em 1981 passou a fazer parte do conselho da SBA, na época formado pelos presidentes das entidades regionais de anestesiologia e pelos dois últimos presidentes da SBA. Encerrou suas atividades nas SBA em 1982, apesar de ainda ter sido secretário no 24º Congresso Brasileiro de Anestesiologia, realizado no Guarujá, litoral de São Paulo, e de ter presidido o 36º, realizado em 1989 na capital do Estado.
Além de presidente da SAESP, dr. Jorge fez parte de outras duas gestões na associação. Foi tesoureiro durante quatro anos seguidos, nas gestões de Guilherme Frederico Ferreira dos Reis (1982/83) e Roberto Simão Mathias (1984/85).
Por ter se dedicado inteiramente a exercer a Medicina em clínicas particulares, não chegou a construir carreira acadêmica. Trabalhando como anestesista desde 1947, se aposentou em 1998, após 51 anos de profissão.
Paulistano, dr. Jorge é casado com a também anestesiologista dra. Carmem Narvaes Bello, atual membro do Departamento Científico da SAESP. Pai de três filhas, o anestesiologista de 81 anos pretende agora apenas descansar, viajar e aproveitar a boa saúde para praticar esportes.

1957

Simões Montenegro
Dr. Orlando Simões Montenegro teve importantes ações em prol da Anestesiologia no Estado de São Paulo durante sua brilhante carreira. Nascido na Capital paulista, em 1921, formou-se em Medicina no ano de 1948, e logo depois ingressou no grupo de cirurgia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Em 1951, passou a ser anestesista no mesmo hospital, onde permaneceu exercendo a especialidade até 1960.
Em 1957 foi presidente do Departamento de Anestesia da Associação Paulista de Medicina, órgão que, em 1969, originou a SAESP. Neste ano, em sua gestão, foi realizado o primeiro exame para o Título Superior de Anestesia, o TSA, organizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Muitos médicos foram beneficiados com o inicio da aplicação do exame para o Título, inclusive o próprio dr. Orlando, que pôde integrar a primeira turma do TSA.
Em 1960, passou a atuar no Serviço Médico de Anestesia de São Paulo, que atendia os hospitais Oswaldo Cruz, Hospital Alemão, Pedro II e o Sírio Libanês, na época iniciando suas atividades. Participou desse serviço, na oportunidade dirigido pelo dr. Luis Rodrigues Alves, até se aposentar, no ano de 2001.
Apesar de não ter desenvolvido a carreira acadêmica, dr. Oswaldo participou de diversos congressos de Anestesiologia pelo Brasil e pelo mundo, com destaque para o Congresso Brasileiro de Anestesiologia do Rio de Janeiro, em 1956, Porto Alegre, em 1957, e Belo Horizonte, em 1959.
Casado, pai de quatro filhos e avô de 9 netos, dr. Orlando, atualmente, aproveita sua aposentadoria, para curtir momentos de descanso merecido ao lado de sua família.

1956

Luiz Branco Junior
O doutor Luiz Branco Junior sempre foi um defensor entusiasta da causa dos anestesiologistas. Antes de ser presidente, em 1956, foi segundo secretário da gestão de dr. Reynaldo Neves de Figueiredo, em 1950, primeiro ano de existência do Departamento de Anestesiologia da Associação Paulista de Medicina, que mais tarde viria a se tornar a SAESP.
Formado em 1948 pela Escola Paulista de Medicina, debutou na Anestesiologia de forma curiosa. Em 1947, no sexto ano de faculdade, tinha intenção de se tornar cirurgião, e começou a aplicar anestesias no Hospital São Paulo como meio de assistir às cirurgias. Porém, se apaixonou pela anestesia e a adotou como sua especialidade.
Doutor Luiz Branco fez parte do no Hospital São Paulo de 1947 até 1986, ministrando aulas teóricas e práticas sobre a especialidade. Trabalhou também no Hospital do SESI, Beneficência Portuguesa e Hospital Sorocabano. Foi diretor superintendente da Casa de Saúde Santa Rita por mais de 40 anos, de 1955 a 1997, quando se aposentou definitivamente.
Em 1956 se tornou professor adjunto da Escola Paulista de Medicina, atividade que abandonou no ano em que se aposentou. Ainda esteve presente em muitas atividades associativas da SAESP, como os diversos congressos promovidos pela entidade, sendo representante de São Paulo várias vezes. Foi membro executivo do 3º Congresso Mundial de Anestesiologia, realizado na capital paulista.
Apesar de não ter seguido carreira acadêmica, produziu trabalhos científicos, inclusive um capítulo do livro "Atualizações e Terapêutica", em colaboração com o anestesiologista Caio Pinheiro.
Obteve o Título de Especialista em Anestesiologia no primeiro concurso realizado pela SAESP, em 1956, atuando como examinador no congresso seguinte. Foi responsável pelo curso de especialização do Hospital Beneficência Portuguesa durante vários anos.
Nascido em 11 de outubro de 1923, dr. Luiz Branco é casado há 56 anos com Cora Mesquita Branco e é pai de uma filha. Já aposentado e sentindo que seu dever foi bem cumprido, lembra com orgulho dos anos de trabalho, e pretende descansar o máximo que puder.

1955

Dr. Carlos Pereira de Magalhães Junior
Nascido em 7 de janeiro de 1918, em São Paulo, capital, o dr. Magalhães, como era conhecido, foi um dos pioneiros da anestesia nacional. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em 1944, em 1946 começou no Serviço de Anestesia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Obteve o título de Especialista em Anestesia em 1959, quando da instituição da exigência do TSA.
O interesse e oportunidade pela especialidade, de acordo com seu primogênito, o engenheiro Carlos Pereira de Magalhães Neto, surgiu quando médicos que foram para os Estados Unidos e Europa para participar do esforço de guerra trouxeram o conhecimento para o Brasil. O Hospital das Clínicas foi uma das portas de entrada, o que permitiu a instituição do primeiro Serviço de Anestesia do Brasil, autônomo e independente das demais disciplinas.
Nesse serviço pioneiro, sob a direção do dr. Reynaldo de Figueiredo, trabalharam, ao lado do dr. Magalhães, os doutores Alberto Caputo, Antônio Pereira de Almeida, Joaquim Mariano da Costa, Kentaro Takaoka, Oscar de Figueiredo Barretto, entre outros.
Durante a carreira, o dr. Magalhães trabalhou com abnegação e eficiência nos seguintes hospitais: Hospital das Clínicas, Instituto Paulista (extinto), Hospital São Jorge (extinto), Sanatório Santa Catarina, Sanatório Jabaquara, Hospital Oswaldo Cruz, Hospital Nove de Julho, Hospital Modelo, Hospital Leão XIII, Hospital Sírio Libanês, Hospital Monumento, Hospital do Coração, Pro Matre Paulista, Hospital Infantil do Morumby e Hospital Israelita Albert Einstein.
Um dos momentos mais marcantes em sua trajetória foi assumir a presidência do Departamento de Anestesiologia da Associação Paulista de Medicina, em 1955, que mais tarde originou a SAESP. Durante seu mandato, batalhou especialmente pelo aprimoramento técnico dos profissionais por meio de cursos, jornadas, seminários, congressos nacionais e internacionais e pela valorização profissional perante o governo, hospitais, cirurgiões e planos de saúde, sem jamais deixar de lado a ética médica e a atenção aos pacientes.
Em 1956, junto com outros colegas, fundou a Clínica de Anestesia São Paulo, com posterior estabelecimento do primeiro curso de Ensino e Treinamento em Anestesia, reconhecido pela Associação Brasileira de Anestesia. Em 1996, recebeu o título de Sócio Benemérito da SBA.
Falecido em 6 de fevereiro de 2002, aos 84 anos, o dr. Magalhães deixou sua esposa, d. Sônia Pereira de Magalhães, oito filhos, dezoito netos e oito bisnetos. Atualmente, sua filha, dra. Marina Magalhães, formada em 1977, segue seus passos na Anestesiologia.
Logo após o falecimento do dr. Magalhães, seu colega, dr. Reynaldo Brandt, publicou o artigo “Falta Alguém Nesta Sala”, na revista do Hospital Israelita Albert Einstein. O texto é mais uma mostra de sua personalidade marcante, voltada à excelência da prestação dos serviços e no cuidado com os pacientes.

1954

1953

Caio Pinheiro
Dr. Caio Pinheiro teve papel fundamental para o desenvolvimento, estudo e aplicação da Anestesiologia no Brasil. Um dos primeiros anestesistas a atuar no Estado de São Paulo, presenciou a evolução da especialidade desde suas formas mais incipientes até a consolidação de técnicas modernas no Brasil.
Aos 89 anos, dr. Caio lembra da época em que não havia especialistas em anestesia no Brasil, apenas cirurgiões que faziam as aplicações. A vontade de mudar esse quadro e o incentivo de seu primo, o médico e professor Alípio Corrêa Netto, bastaram para que dr. Caio largasse a cirurgia e abraçasse a Anestesiologia como meio de trabalho, estudo e de prestação de serviço à sociedade. Formado pela Escola Paulista de Medicina (EPM) em 1940, iniciou sua atividade profissional no Hospital São Paulo, instituição onde trabalhou na maior parte da sua carreira. Em 1941, tornou-se assistente do Departamento de Clínica Cirúrgica, sob supervisão de prof. Alípio. Recebeu dele o convite para lecionar a disciplina de Anestesiologia do Departamento de Cirurgia da EPM, a primeira do Brasil, entre 1942 e 43. Com a fundação do Serviço de Anestesia do Hospital São Paulo, em 1946, dr. Caio passou a chefiar o Curso de Especialização. Aliás, integrou o serviço até se aposentar, na década de 80.
Em 1945 criou, ao lado dos anesteiologistas Pedro Geretto, Hugo Vespucci e Luiz Branco Jr, o CEMESP, uma organização de anestesistas que até hoje presta serviços para diversos hospitais, como a Beneficência Portuguesa, Hospital Santa Rita, Hospital Sorocabano e o Serviço de Anestesia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), no Hospital Santa Edwiges.
Hoje o CEMESP é dirigido pelos assistentes que trabalharam com dr. Caio anteriormente, e conta com cerca de 70 pessoas. O grupo de profissionais da CEMESP também formou a diretoria do Hospital Santa Rita, do qual dr. Caio foi diretor presidente durante quase 40 anos.
Foi presidente do Departamento de Anestesiologia da Associação Paulista de Medicina, órgão que mais tarde se tornaria a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP), em 1953. Participou também da SBA, como vice-presidente em 1955. Foi ainda chefe do Departamento de Cirurgia da Escola Paulista de Medicina e diretor secretário do Hospital São Paulo.
Nascido em Poços de Caldas, Minas Gerais, dr. Caio Pinheiro encerrou suas atividades médicas em 2000, aos 85 anos. Casado, pai de quatro filhos, e com dez netos e três bisnetos, aproveita a aposentadoria para descansar em seu sítio no interior do Estado.
A carta de prof. Alípio
Além do reconhecimento dado por sua brilhante trajetória, dr. Caio Pinheiro foi personagem de um episódio interessante da Anestesiologia brasileira. Recebeu de seu primo, prof. Alípio Corrêa Netto uma carta, comentando novos métodos que os norte-americanos utilizavam na II Guerra Mundial.
As impressões do prof. Alípio soaram como profecia para a Anestesiologia brasileira, que foi se aperfeiçoando a partir de técnicas desenvolvidas em países como a Inglaterra e os Estados Unidos.
Prof. Alípio Correa Neto, além de cirurgião e professor da cadeira de cirurgia da EPM e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), participou da II Guerra como major da Força Expedicionária Brasileira. Para dr. Caio, de certa forma, a guerra auxiliou no aperfeiçoamento da Anestesiologia em todo o mundo, inclusive nos Estados Unidos, Inglaterra e Brasil, a partir do trabalho que clínicos e farmacologistas tiveram na Itália.

1952

Gil Soares Bairão
Lembrado até hoje como um dos maiores colaboradores para o crescimento da Anestesiologia no Brasil, dr. Gil Soares Bairão foi presidente do Departamento de Anestesiologia da Associação Paulista de Medicina, órgão que mais tarde viria a se tornar a Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo (SAESP), durante o ano de 1952. Formado em 1943 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sempre trabalhou como anestesiologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, cidade onde nasceu.
Como acadêmico, dr. Bairão fez parte da primeira turma de especialização em Anestesiologia, curso promovido pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Foi também o primeiro médico concluir a livre docência em Anestesiologia no Brasil, tornando-se professor titular da Faculdade de Medicina da USP, Faculdade de Medicina de Sorocaba e Faculdade de Medicina do ABC, todas no Estado de São Paulo. Deixou inúmeras pesquisas e trabalhos na área de Anestesiologia, Neurocirurgia e Farmacologia, muitos deles premiados. Também foi orientador de diversas teses de doutorado.
Exerceu vários cargos no Hospital das Clínicas de São Paulo, inclusive o de superintendente e de diretor do serviço de anestesia do hospital. Além de ter presidido a SAESP em 1952, esteve à frente da SBA em 1962. Foi vice-presidente da entidade em 1961 e redator da revista em 1954. Exerceu vários cargos e funções dentro do Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina da USP, Sociedade Brasileira de Anestesiologia, SAESP e conselhos de saúde do estado.
Participou ativamente dos Congressos Brasileiros de Anestesiologia, conferências, palestras e trabalhos. Viajou para diversos países representando os anestesiologistas brasileiros em congressos e trazendo do exterior muitas informações.
É, a cada ano, homenageado através do prêmio que leva seu nome, concedido pela SAESP ao estagiário de primeiro ano do CET, Centro de Especialização e Treinamento do Estado de São Paulo, que obtiver a melhor nota na prova elaborada pela SBA. Tem destaque na sala dos professores pioneiros da USP, local dedicado a guardar fotos dos médicos diplomados pela Faculdade de Medicina que se destacaram pela atividade médica, científica e artística. Nas vitrines, estão expostos condecorações, medalhas, publicações, fotos e documentos destes pioneiros, além do registro das primeiras cirurgias e transplantes realizados no Hospital das Clínicas.
Dr. Gil Soares Bairão faleceu em 1973, deixando esposa e três filhos. Devido a sua trajetória, é tido pelos colegas anestesiologistas como unanimidade: um médico dedicado e bastante conceituado, que deixou heranças valiosas no estudo da especialidade.

1951
